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Sem banco de olhos, 410 córneas deixam de ser doadas em Criciúma

Mais de 400 córneas deixaram de ser doadas em quatro anos de espera pela implantação de um banco de olhos no município de Criciúma, no Sul catarinense. Segundo reportagem da RBS TV, o local está definido desde 2009 e vai funcionar no Hospital Santa Catarina. Conforme o secretário de Saúde de Criciúma, Paulo Conti, a estrutura deve começar a funcionar em até 60 dias (veja vídeo).

Enquanto isso, centenas de pessoas aguardam por uma doação de córneas. De acordo com dados da SC Transplantes, 483 pessoas estavam na fila de espera em junho deste ano. É a maior fila em comparação com outros órgãos que também podem ser doados do corpo humano. O investimento para implantação da estrutura está orçado em R$ 350 mil.

“De uma forma estrutural, ele viria para atender uma população de aproximadamente 500 mil habitantes de Imbituba à Passo de Torres e uma demanda não só do IML de Criciúma, mas também de Araranguá e Tubarão, além de 28 hospitais públicos”, afirmou Almir Fernandes, vice-presidente da ONG Banco de Olhos.

Em 16 anos, 900 córneas foram captadas. O trabalho era realizado entre diversas entidades, inclusive o Instituto Médico Legal, que fazia o contato com famílias que tinham parentes mortos por algum tipo de violência. A atividade deixou de ser feita em 2010 por falta de estrutura e, desde então, a ONG calcula que 410 córneas deixaram de ser captadas apenas no IML.

Doações
“A gente não tem encontrado rejeição nas pessoas. Elas são receptivas à doação de córneas e de outros órgãos também. Não temos problema com isso. O problema está na estrutura física e de pessoal do Banco de Olhos”, disse Eliane de Andrade, presidente da ONG Banco de Olhos. Os familiares podem doar a córnea após a morte do parente em qualquer condição. O transplante é um procedimento simples e raramente há rejeição.

No caso do desenhista Hélio Bianchini, foi preciso fazer a cirurgia três vezes porque a córnea era de outra cidade e houve demora. “Se tivesse um banco de olhos não teria nem dado rejeição porque eu tive que esperar uma córnea vinda de outro município. Se tivesse um banco na cidade, seria mais rápido”, comentou.

Fonte: G1

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