Por Eduardo Madeira
Buscando compreender a fundo a proposta da mudança do regime de contratação dos servidores públicos de Lauro Müller, apresentada pelo prefeito Valdir Fontanella e rejeitada em assembleia na última quarta-feira (19), mas que ainda pode ir para a Câmara, o vereador Walmir Fabro (PSDB) optou por consultar um contador e concluiu que a alteração deve ser positiva. Em entrevista à Rádio Cruz de Malta, o tucano afirmou que o projeto precisa ser melhor discutido para que haja um entendimento entre poder executivo e funcionários.
“O próprio contador me disse: quem não optar por isso, vai perder dinheiro. Então, bati desde o início do FGTS de ter uma medida compensatória. Isso aqui é compensação em cima do FGTS”, sintetizou Fabro durante o Cruz de Malta Notícias.
As propostas mais recentes do prefeito, recusadas na assembleia, indicam repasse temporário de 1% ao ano sobre os salários dos servidores pelo período de oito anos e com a concessão de licença-prêmio de 2 meses a cada cinco anos de trabalho; ou repasse de 2% ao ano pelo período de três anos, descartando o benefício da licença-prêmio.
“Houve problema na questão do FGTS e estou mostrando, por A + B, que é vantajoso. O salário não muda nada, aposentadoria não muda nada. Temos que crescer e coloco em minha experiência de que devemos procurar um entendimento. Eu, como vereador e responsável por analisar essa lei, tenho que me colocar dessa forma”, ressaltou Fabro.
Questionado sobre a possibilidade de diminuição de cargos comissionados, o vereador explicou que Lauro Müller é o município da região com a menor quantidade e que, ainda assim, seria insuficiente para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fabro não adiantou qualquer projeção sobre o projeto entrar ou não na Câmara de Vereadores, mas reforçou a intenção de ampliar o debate sobre o tema. “Sou contra as demissões e vou discutir para que o projeto seja o melhor para Lauro Müller. O projeto tem que ser discutido e, se for para a Câmara, vai ser discutido. Vamos nos posicionar da melhor maneira possível”, finalizou.