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Venda do Complexo Jorge Lacerda foi a primeira pedra tirada do caminho, avalia presidente da ABCM

Por Eduardo Madeira

A administração da Engie Brasil Energia, após aprovação do Conselho de Administração da Companhia, assinou na última segunda-feira, dia 30, o contrato de venda para a Fram Capital do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo. A transação ocorre seis meses após o início do período de exclusividade concedido à Fram Capital para o processo de due diligence do ativo. O preço de aquisição de 100% da participação acionária da empresa controlada Diamante Geração de Energia, detentora do CTJL, será de até R$ 325 milhões, sendo que R$ 210 milhões serão pagos no fechamento da operação e R$ 115 milhões estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições previstas no Quota Purchase and Sale Agreement (QPA). A notícia é de total interesse do setor de mineração, que vinha discutindo formas para resolver o impasse e manter as atividades. Na avaliação de Fernando Luiz Zancan, presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), a venda do complexo foi apenas a primeira das quatro pedras que precisam ser tiradas do caminho para manter o setor. “Nós temos quatro pedras para tirar do caminho. A primeira delas era ter um novo proprietário para o Complexo Jorge Lacerda. Então, essa primeira pedra se concretizou ontem com o anúncio da Engie, que tinha concretizado a venda com a Fram Capital”, comentou, em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias | 2ª Edição desta terça-feira, dia 31. Zancan classificou como os próximos obstáculos a aprovação do Projeto de Lei da transição energética na Assembleia Legislativa, a resolução da tributação em cima do reembolso do combustível e a manutenção da forma de pagamento do combustível do carvão. “Nós temos essas pedras. A primeira delas foi removida e foi extremamente importante, porque se tem agora um parceiro para ajudar a retirar as outras pedras e dar estabilidade e tranquilidade para a cadeia produtiva”, completou o presidente da ABCM.

Ouça abaixo a entrevista completa: