No último dia 22 de janeiro, o Brasil registrou um novo recorde de demanda de carga instantânea no Sistema Interligado Nacional (SIN), atingindo 102.924 MW. No mesmo dia, uma tempestade no Pará provocou a queda de cinco torres de transmissão conectadas à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, afetando sobremaneira o fluxo de energia que abastece as regiões Sul e Sudeste do país, com reduções da ordem de 4 GW na capacidade da subestação Xingu.
Para dar suporte ao atendimento à demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) e garantir a estabilidade eletroenergética, evitando cortes de carga, foram acionadas usinas termelétricas, incluindo as unidades do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina e autorizada a importação de energia da Argentina e Uruguai.
Estas ocorrências ilustram a importância da disponibilidade de recursos de geração firme para atendimento a emergências. Também demonstram que um sistema baseado em renováveis e linhas de transmissão não garante segurança energética.
A recuperação das torres danificadas depende da XRTE, empresa responsável pela linha de transmissão. No entanto, a dificuldade de acesso ao local e a extensão dos danos podem atrasar a restauração total da linha, o que pode vir a resultar na permanência das ações até então tomadas por um período relevante.
Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta quinta-feira (30), o presidente da Associação Brasileira de Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, comentou sobre o assunto e também sobre a agenda em Brasília onde representantes do setor carbonífero participaram de encontros com agentes do Ministério de Minas e Energia, da Aneel e da Agência Nacional de Mineração.
Ouça a entrevista completa: