A isenção da tarifa de importação de três tipos de arroz entrou em vigor nesta semana, conforme resolução do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicada no Diário Oficial da União (DOU). O imposto zero para o cereal importado de países de fora do Mercosul, valerá até 31 de dezembro de 2024.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou ao zerar a tarifa de importação que a medida visava “garantir o abastecimento” do produto e evitar o aumento do preço. O governo avalia que há “potencial para importação” de arroz de outras origens, como a Tailândia.
Preocupadas com os impactos negativos que a importação de arroz trará para a rizicultura do Brasil, entidades catarinenses uniram-se em um apelo de valorização do cereal nacional. Reforçam o posicionamento contrário à iniciativa do Governo Federal de importação de arroz, o Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), a Cooperativa Central Brasileira de Arroz (BRAZILRICE), a Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (ACAPSA), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).
Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta sexta-feira (24), o presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), Walmir Rampinelli, destacou que a medida era necessária, mas que deve ser limitada para que não provoque uma desvalorização que desestimule o produtor brasileiro.