Está confirmado: os ceramistas de Criciúma, Urussanga, Cocal do Sul e Forquilhinha estão em estado de greve. O movimento foi definido durante as assembleias que ocorreram ontem nestes municípios.
Hoje os representantes do sindicato dos ceramistas irão comunicar oficialmente as dez empresas do ramo na região. “Não iremos parar agora. No dia 12 de março faremos uma nova assembleia que organizará o movimento”, revela o presidente do sindicato dos trabalhadores, Itaci de Sá. Na região são mais de cinco mil profissionais do ramo.
Os trabalhadores esperam por uma negociação com o sindicato patronal, mas há mais de 20 dias, as negociações não avançam. A proposta apresentada pelos patrões é de 6,20% do INPC de janeiro a dezembro de 2012 para quem recebe até R$ 3 mil, e de 7% para os que recebem acima deste valor. De acordo com os trabalhadores, este valor representa apenas 0,80% de aumento real. O que o sindicato quer é mais 10% de aumento real.
Movimento tem a intenção de pressionar
Para os representantes do sindicato patronal, o movimento de greve é uma forma de pressioná-los para que haja novas negociações. “A situação está bastante complicada, e a proposta deles é inviável”, relata o diretor técnico do sindicato patronal Ênio Coan ao Clicatribuna.
O diretor também afirma que todas as empresas do setor estão preparadas para o movimento. “Temos produtos estocados”, revela. Hoje pela manhã, uma reunião irá avaliar os pontos discutidos nas assembleias dos trabalhadores, onde, possivelmente, possam surgir novas propostas.