A Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina enviou nesta terça-feira (2) um ofício ao Ministério da Agricultura para solicitar 300 mil toneladas de milho para atender a demanda dos consumidores catarinenses no período entre agosto e dezembro de 2013. No ano passado, a produção foi afetada pela estiagem e o objetivo do pedido ao ministro Antônio Andrade Ferreira é este ano não falte a quantidade necessária para a produção de suínos, frangos e leite.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o montante solicitado foi levantado em reunião com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, além de representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), da Superintendência do Ministério da Agricultura em Santa Catarina e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne).
No ano passado, o estado sofreu perdas de mais de 900 mil toneladas na produção de milho devido à estiagem. De acordo com dados da Secretaria, nos últimos 10 anos, a agricultura catarinense registrou perdas significativas em sete safras, gerando prejuízos econômicos e sociais.
Rodrigues informou que o consumo de milho em Santa Catarina é de 15 mil toneladas por dia, o que equivale a 5,5 milhões de toneladas por ano, e a estiagem de 2012 reduziu a produção catarinense do grão em 900 mil toneladas, elevando o déficit anual de 1,8 milhões de toneladas para mais de 2,7 milhões de toneladas.
Conforme matéria do G1 SC no ofício enviado ao Ministério da Agricultura, o secretário pediu também que o Valor de Escoamento de Produto (VEP) do milho receba um subsídio ao frete no valor de R$ 5 por saco de 60 quilos. Foi sugerido que seja autorizado que armazéns credenciados em caráter emergencial possam receber o produto, deixando dessa forma de cumprir a exigência da certificação de armazéns.
Outra solicitação, conforme Rodrigues, é de que por meio do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que é um instrumento de apoio econômico dado pelo Governo Federal àqueles que se disponham a adquirir o milho, diretamente do produtor rural ou sua cooperativa, pelo valor do preço mínimo fixado, promovendo o seu escoamento ou destinação na forma definida em edital, seja de 1,5 milhão de toneladas, sendo 300 mil mensais, de agosto a dezembro.