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Santos marca reunião para discutir venda de Neymar; Barça otimista

Vender Neymar agora por valor inferior ao que deseja, mas faturar alguma coisa, ou ver um dos jogadores mais valorizados do mundo sair de graça em julho de 2014? Esse é o dilema do Santos. A multa rescisória do craque é de 65 milhões de euros (R$ 170,4 milhões), mas o clube, que detém 55% de seus direitos, almeja 50 milhões de euros (R$ 131 milhões) para vendê-lo agora. O problema é que o camisa 11 poderá assinar um pré-contrato com qualquer clube daqui a seis meses, o que reduz o poder de negociação do Peixe.

Sabendo disso, o Barcelona, que mantém o diretor esportivo Raul Sanllehí no Brasil desde a semana passada (ele está, inclusive, hospedado na casa do pai de Neymar, no Guarujá, litoral paulista), barganha para pagar o mínimo possível. A primeira oferta de 18 milhões de euros (R$ 46,9 milhões) foi recusada. O cálculo dos catalães é comprá-lo por até 22 milhões de euros (R$ 57,6 milhões), um terço da multa rescisória.

Nesse contexto, a reunião do Comitê de Gestão do Alvinegro, nesta quarta-feira, é encarada como decisiva para o futuro do atleta. O encontro será realizado na casa do presidente Luis Alvaro Ribeiro. Mesmo debilitado por problemas de saúde, o mandatário participará da reunião, pela importância da conversa. No último domingo, na Vila Belmiro, o dirigente prometeu conceder uma entrevista coletiva em breve.

Mas por que o Barcelona vai gastar dinheiro agora se poderia ter Neymar de graça já no início de 2014, quando ele poderia assinar um pré-contrato? A resposta está na concorrência. O Real Madrid, que também enviou representantes ao Brasil, e outros clubes europeus querem Neymar. Assegurar a contratação do craque imediatamente encerraria a corrida, evitaria um leilão na próxima janela e ainda seria uma resposta da reestruturação da equipe para a próxima temporada. Tudo após a humilhante eliminação nas semifinais da Liga dos Campeões, diante do Bayern de Munique – 0 a 4 na Alemanha, 0 a 3 na Espanha.

Por isso, André Cury, representante do Barcelona na América do Sul, e Marcos Malaquias, que participou das negociações de Henrique, atualmente no Palmeiras, e Keirrison, no Coritiba, para o time catalão, acompanham o pai de Neymar há algum tempo. Eles tentam garantir que o destino do camisa 11 será ao lado de Messi.

Nos bastidores, fontes próximas a Neymar encaram esta semana como decisiva para a negociação. Há quem já dê o acordo como selado, enquanto outros dizem que tudo “nunca esteve tão perto”. Funcionários do Peixe também relatam um clima de despedida e apontam o jogo contra o Flamengo, no domingo, em Brasília, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, como a última partida do astro pelo Santos.

Os discursos do vice-presidente Odílio Rodrigues e do técnico Muricy Ramalho após o vice-campeonato Paulista, diante do arquirrival Corinthians, demonstram que o acordo deve ocorrer. Mas o próprio Neymar vai na contramão e diz que pretende cumprir o acordo até 2014.
Os direitos econômicos do atacante são divididos entre Santos (55%), DIS (40%) e Terceira Estrela Investimentos S/A (5%).

G1

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