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Santa Catarina reforça barreiras sanitárias após confirmação de gripe aviária em granja no RS

Santa Catarina adotou medidas rigorosas para proteger seu setor avícola após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil. O foco foi registrado na última quinta-feira (15) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Em resposta, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram uma nota técnica no sábado (17), estabelecendo restrições imediatas. A principal medida é a proibição da entrada de aves e ovos provenientes de 12 municípios gaúchos em território catarinense.

Além disso, cargas vindas do Rio Grande do Sul e autorizadas a ingressar no estado devem obrigatoriamente passar por desinfecção nos Postos Fixos de Fiscalização (PFFs). A operação será coordenada pelo Serviço de Defesa Sanitária Animal de Santa Catarina.

As ações estão alinhadas com a Portaria nº 795, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), publicada em 15 de maio, que declara estado de emergência zoossanitária em todo o país por um período inicial de 60 dias.

Segundo a SAR e a Cidasc, o momento exige máxima atenção, especialmente pela importância econômica e social da avicultura para Santa Catarina, um dos principais produtores e exportadores do setor no Brasil. Novas medidas poderão ser implementadas conforme o avanço da situação.

O caso em Montenegro marca o primeiro registro da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial brasileira. O vírus, que já circula desde 2006 em regiões da Ásia, África e Europa, representa baixo risco de infecção humana, geralmente restrita a pessoas com contato direto com aves contaminadas.

A SAR reforça que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro, sem risco ao consumidor final.

A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, comentou o assunto em entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias nesta terça-feira (20), destacando o empenho das autoridades sanitárias em proteger a produção catarinense e garantir a confiança dos mercados internacionais.