A maior tragédia do sul de Santa Catarina completa 41 anos e a obra mais importante para que não ocorra novamente uma enchente em Tubarão – o desassoreamento do rio – completa sete anos de discussões em mais um seminário que relembra a data. O risco de uma nova inundação é eminente e as ações devem ser agilizadas para que o pior não ocorra. Cerca de 50% do rio está assoreado, o que demonstra a necessidade de realização das obras de melhoramento para reduzir os impactos das chuvas na área.
Ainda não há uma previsão para o início das atividades de desassoreamento do Rio Tubarão, porém ontem mais um passo foi dado. O secretário de estado da Defesa Civil, Milton Hobus, apresentou os projetos de como vai funcionar o melhoramento do Rio. “Já estão previstos aprofundamento do canal, dragagem, reforço na segurança das margens, com recuperação da calha. Além de outras ações que ainda serão apontadas”, explica o secretário.
Os estudos iniciados em 2014 estão na fase de finalização do Relatório de Impacto no Meio Ambiente. Serão 29,7 quilômetros de extensão desde a ponte na BR-101 até a foz, em Laguna. Hobus se comprometeu em apresentar um projeto mais detalhado para as lideranças políticas da região, antes que o processo esteja em tramitação para licenciamento ambiental pela Fatma. A audiência pública para validar o projeto está marcado para maio.
Conforme o membro da comissão organizadora do seminário, Maurício da Silva, graças às edições anteriores o governo do estado financiou os projetos executivo (R$ 1,2 milhão) e o ambiental (R$ 1,1 milhão). O melhoramento fluvial do Rio Tubarão deve custar cerca de R$ 300 milhões.
“São muitos milhões que ainda não serão suficientes. É preciso também construir canais extravasores, barragens, fazer contenção das encostas, manter aberta a Barra do Camacho e elaborar um plano de contingência”, explica.
Com informações do jornal Notisul