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PTB aceita voltar ao governo e consolida aliança com Dilma

O PTB, partido de Roberto Jefferson, delator do mensalão, aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para voltar a participar do governo federal, em acordo que pavimenta a aliança da legenda com o PT em 2014.

O presidente do partido, ex-deputado Benito Gama (BA), será indicado para assumir a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil.

Ontem, ele conversou sobre a indicação com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do banco, Ademir Bendine. Seu nome ainda tem de ser aprovado pelo conselho administrativo da instituição.

Na mais recente eleição presidencial, em 2010, o PTB apoiou formalmente o tucano José Serra, rival de Dilma.

Com a indicação de Gama, Jefferson, que é presidente licenciado da sigla, diz que o PTB fica “muito próximo” da petista na disputa de 2014.

Governadora do DEM deve deixar partido e reforçar base de Dilma

“Essa é a vontade da maioria do partido e das bancadas da Câmara e do Senado. Há pressão das bancadas, que continuam a se relacionar com o governo”, afirmou.

Sobre a expectativa de que o PTB assuma um cargo no primeiro escalão de Dilma, Jefferson diz que “nada está vinculado a isso”. “Conversar a mais em política sempre se conversa, mas não há sinalização nesse sentido.”

Participaram das negociações o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT).

A aliança no plano federal não deve afastar o partido da órbita de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo governo paulista. O deputado Campos Machado, que é secretário-geral do PTB, sinaliza apoio ao tucano e tem dito que a decisão da Executiva Nacional não interfere na composição estadual.

PROPAGANDA

A aliança com o PTB dará a Dilma cerca de 40 segundos a mais em cada bloco de 25 minutos da propaganda eleitoral durante o período de campanha. Se o projeto que limita o tempo de TV de partidos recém-criados estiver em vigor, a contribuição petebista será maior.

Além do PTB, Dilma já consolidou a aliança com outros dois partidos que se afastaram do governo.

Conduziu, no início de abril, o PR de volta à Esplanada, com a nomeação de César Borges para o Ministério dos Transportes, e prestigiou a direção do PDT ao nomear Manoel Dias para o Trabalho.

Folha de São Paulo

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