Por Eduardo Madeira
Genoir dos Santos, o Foquinha, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores da Indústria de Extração de Carvão (Fetiec), admitiu que houve avanço na situação dos mineiros durante as discussões da Reforma da Previdência. No relatório encaminhado pelo Senado, há alterações no texto da Câmara dos Deputados, com a retirada das aposentadorias especiais. Em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias desta quinta (29), o presidente da Fetiec reconheceu a melhoria no texto, mas admite que não houve alcance total no pedido. “Na verdade, não alcançamos a reivindicação, que era manter os mineiros em atividade na legislação atual, com forma de cálculo e tempo de serviço. O que melhorou: de acordo com a proposta aprovada na Câmara, os trabalhadores em atividade iriam se aposentar com 51 anos e agora, com essa proposta do Senado, eles irão se aposentar com 43 anos e meio. Terão que somar 66 pontos. Então, o trabalhador que pega com 21 anos no subsolo, vai ter que trabalhar 22 anos e meio no subsolo e vai ter 43 anos e meio, vai somar 66 pontos. Diminuiu sete anos e meio. Foi um avanço”, afirmou.
Ouça abaixo a entrevista completa: