A lógica de que os reajustes nas refinarias feitos pela Petrobras e o aumento dos custos dos dissídios de trabalhadores de postos têm impacto direto nas bombas foi interrompida. Apesar do aumento feito pela estatal no final de janeiro, o consumidor de quatro das principais cidades do Estado começam a perceber que a concorrência está puxando o valor da gasolina comum para baixo.
Uma ronda feita em estabelecimentos de diferentes bairros de Florianópolis comprovou que os preços estão flutuando diariamente. Efeito da concorrência, segundo os postos.
No início de fevereiro, os preços do litro da gasolina comum nos postos beiraram a média de R$ 2,90. Agora, dependendo do posto em Florianópolis, é possível abastecer com R$ 2,60 a R$ 2,80 o litro. A redução também é perceptível na gasolina aditivada e no etanol. Os postos dizem que os preços devem ficar neste patamar ou ainda mais baixos. Não há expectativa para novos aumentos.
O mesmo panorama de queda no preço do litro da gasolina comum foi registrado pela pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP) nas cidades de Criciúma, Joinville e Lages. Mas em Blumenau, Chapecó e Itajaí a concorrência não está fazendo efeito (confira na arte).
A mudança constante de preços foi constatada no posto Ressacada, no Bairro Rio Tavares, na Capital. O gerente do estabelecimento, Antônio Antunes, disse que a gasolina comum estava custando R$ 2,72 há 10 dias, mas que uma mudança poderia ocorrer a qualquer momento. Na sequência, Antunes ligou para o proprietário e soube da nova orientação.
_ Vamos mudar agora. Baixar dez centavos e ir para R$ 2,62 _ contou.
O mesmo tipo de situação foi observada no posto Colonial, no Centro, onde funcionários atualizaram a tabela terça-feira passando a gasolina comum para R$ 2,62. Conforme o gerente do local, Adriano Loch, as mudanças ocorrem “a toda hora”.
_ Já não tenho nem mais adesivos (utilizados para modificar a tabela de preços) para fazer novas alterações _ comentou.