Uma operação no Oeste catarinense cumpriu nesta terça-feira (8) cinco mandados de busca e apreensão em oito residências nas cidades de Catanduvas, Herval d’Oeste e Joaçaba. A ação é resultado de uma investigação que apura a associação criminosa de um policial civil com uma série de delitos na região, de tráfico de drogas a venda de armas ilegais. O policial permanece solto e o nome do suspeito está em sigilo.
Segundo o promotor, o policial investigado comete infrações há muito tempo. “Ele já foi transferido para atuar em diferentes cidades do Oeste. As mudanças sempre foram motivadas por problemas administrativos e criminais”, afirma. Até esta terça (8) nenhum mandato de prisão foi expedido, com o intuito de coletar provas suficientes para a condenação.
“A investigação já dura ao menos oito meses. Nos últimos quatro meses, fizemos buscas mais incisivas e conseguimos conectar mais as pessoas envolvidas nas atividades criminosas”, afirma. De acordo com o promotor, ao menos quatro pessoas, incluindo o policial civil, são suspeitas de envolvimento com o tráfico e venda de armas.
Nesta terça, foram encontrados armas de fogo, documentos, objetos, além de peças de veículos nos locais vistoriados que podem ter relação com os crimes. Segundo o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Chapecó, Fabiano David Baldissarelli, cerca de 20 testemunhas irão depor sobre o caso nos próximos dias.
O GAECO é formado por promotores de justiça, policiais civis, policiais militares e auditores da Fazenda Estadual da região. O grupo ainda fará um relatório final para entrega a Promotoria de Justiça da Comarca de Catanduvas, que solicitou a investigação. Cabe ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) o julgamento final dos envolvidos, ainda sem prazo estabelecido.
FONTE: G1