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O trabalho escravo ainda é um assunto a ser discutido

Por Eduardo Madeira

O episódio conhecido como a Chacina de Unaí (MG), em 28 de janeiro de janeiro de 2004, marcou também a criação do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Na ocasião, Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados durante inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas da região. Passados mais de 15 anos, entretanto, a realidade não parece ter mudado e os casos seguem aumentando. Em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias desta terça-feira, a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ana Roberta Tenório informou que Santa Catarina somou 901 resgates de trabalhadores em condições análogas à de escravo de 2003 a 2018. “Tem havido aumento dos casos de resgate. Depois de um período de redução, houve um aumento recente dos casos de trabalhos em condições análogos à escravos encontrados no Brasil. Hoje em dia, os casos de trabalho escravo são ligados a trabalhos forçados, mediante dívidas fraudulentas, jornadas exaustivas e jornadas degradantes”, detalhou Ana Roberta.

Ouça abaixo a entrevista completa:

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