Por Eduardo Madeira
A convenção coletiva dos mineiros terminou sem acordo e uma greve da categoria está programada para a 0h do próximo dia 24. Essa paralisação acontecerá se uma nova proposta não for apresentada pelas empresas até lá. Em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias desta terça-feira (11), o presidente da Federação dos Mineiros do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fetiec) Genoir dos Santos, o Foquinha explicou que a proposta patronal seria de 5.43% para o piso salarial e 5% para as demais faixas. “Na Assembleia Geral Unificada, os trabalhadores entenderam que a proposta não satisfazia”, frisou Foquinha.
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Por parte das empresas, o objetivo é chegar a um acordo para evitar a greve. O diretor executivo do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) Márcio Cabral foi enfático ao dizer que os empresários chegaram ao limite do que podem conceder. “O principal tema sempre bate na questão do reajuste salarial. As mineradoras vem com índice de reajuste de ganho real superior a 20%. Não temos nenhuma categoria com ganho real acima dos 20% como os mineiros e, nesse ano, novamente tem o ganho real e o INPC de 4.48%, que leva o ponto final dos reajustes a 5%”, afirmou. “Chegamos no limite, tendo em vista que as empresas vem dando ganho real todo ano, e nesse ano não é diferente, e as empresas chegaram num limite e não tem mais condição de progredir até onde progrediram nesse momento”, complementou Cabral.
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