O cálculo era simples: nas cinco primeiras rodadas do Brasileiro, a comissão técnica queria uma pontuação pelo menos igual ou superior a sete. No entanto, a derrota para o Flamengo não estava prevista e o Tigre só conseguiu somar seis pontos. Agora, nas próximas cinco rodadas, que vão acontecer a partir de julho, a direção quer compensar e somar oito pontos para continuar no objetivo da manutenção na elite sem maiores problemas.
“Precisamos buscar em algum momento esse ponto que ficou faltando. O nosso objetivo é fazer um pouco a mais do mínimo possível para permanecer na Primeira Divisão”, avisa Vadão. Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado na fórmula de pontos corridos, o time catarinense participou em duas oportunidades. No ano de 2003, nas cinco primeiras rodadas, o Criciúma somou oito pontos, marcou sete gols e sofreu cinco, ocupando a nona posição. No final do campeonato, a equipe terminou com 60 pontos e ficou na 13ª posição. Na época, disputavam 24 times.
Em 2004, o clube fez a mesma pontuação, marcou cinco gols, sofreu oito e ocupava a décima colocação. Mas, no final, o Tigre ficou na zona de rebaixamento e caiu para a Série B, somando 50 pontos.
Pontuação para não ser rebaixado
Desde 2006, apenas 20 times disputam a Primeira Divisão. Foi no primeiro ano do novo regulamento que as equipes preci-saram somar menos pontos para escapar da zona de rebaixamento. Um exemplo foi a Ponte Preta, última rebaixada, com 39 apenas. Em 2009, o Coritiba sofreu, lutou, contudo não escapou: chegou a 45 pontos, entretanto foi rebaixado. Nos outros anos, os pontos do descenso ficaram entre 39 e 45.
Já em 2013, o campeonato está apenas no começo e o Tricolor tem seis pontos. Nas hipóteses, faltariam mais 40 pontos, sendo 13 vitórias e um empate, para, comparando aos outros anos, escapar do rebaixamento. É o mesmo número com o qual a direção trabalha para fugir do fantasma do Z-4.
Comparativo da campanha de 2013 com as últimas participações na Série A nas cinco primeiras rodadas
Criciúma em 2003 – 8 pontos – 5 jogos – 2 vitórias – 2 empates – 1 derrota – 7 gols marcados – 5 gols sofridos e 53,3% de aproveitamento
Criciúma em 2004 – 8 pontos – 5 jogos – 2 vitórias – 2 empates – 1 derrota – 5 gols marcados – 8 gols sofridos e 53,3% de aproveitamento
Criciúma em 2013 – 6 pontos – 5 jogos – 2 vitórias – 0 empates – 3 derrota – 6 gols marcados – 10 gols sofridos e 40% de aproveitamento
Saiba mais
Pontuação dos últimos rebaixados, desde 2006, quando 20 times passaram a disputar a Série A
Em 2006, a Ponte Preta caiu com um aproveitamento de 34,2% e somou 39 pontos.
Em 2007, o Corinthians caiu com um aproveitamento de 38,6% e somou 44 pontos.
Em 2008, o Figueirense caiu com um aproveitamento de 38,6% e somou 44 pontos, o mesmo número que o Náutico, mas perdeu no saldo de gols.
Em 2009, o Coritiba caiu com um aproveitamento de 39,5% e somou 45 pontos.
Em 2010, o Vitória caiu com um aproveitamento de 36,8% e somou 42 pontos, o mesmo número que o Atlético-GO, mas perdeu no número de vitórias.
Em 2011, o Atlético-PR caiu com um aproveitamento de 36% e somou 41 pontos.
Em 2012, o Sport caiu com um aproveitamento de 36% e somou 41 pontos.