A assembleia que reuniu os trabalhadores metalúrgicos de Criciúma e região na noite desta quarta-feira (13) definiu pela não aprovação da proposta apresentada pelo sindicato patronal. Os funcionários das indústrias de metalurgia rejeitaram o índice de 9% geral e R$ 270 de abono. Porém, a greve que estava sendo articulada e poderia ter sido deflagrada, ficou para ser definida na próxima semana, em assembleia já marcada para o dia 21, quinta-feira.
Por enquanto, os trabalhadores decidiram continuar negociando uma nova proposta. A reivindicação do sindicato dos empregados é de 7% de aumento real e 6,2% de INPC, além de plano de saúde, cesta básica e outras cláusulas sociais. O atual piso salarial da categoria é de R$ 930. Nas 25 cidades das regiões de Criciúma e Araranguá somam-se aproximadamente sete mil trabalhadores, trabalhando em cerca de 100 empresas.
“Os trabalhadores estão com baixo salário, sofrendo no chão de fábrica com a temperatura de 60°, ainda assim a luta é difícil junto aos patrões, mas a gente só ganha lutando”, comenta Francisco Pedro dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e região (Sinmetal).
Patrões continuam negociando
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Criciúma (Sindimetal), Guido Búrigo, afirmou ao Clicatribuna que a classe patronal está disposta a negociar. “Vamos continuar negociando. Amanhã a comissão deve receber a carta e vamos nos reunir para conversar”, declara Búrigo.