Os trabalhadores das empresas carboníferas do Sul catarinense estão paralisados desde à 0h desta segunda-feira, dia 7. O sindicato que representa os mineiros e o sindicato patronal não chegaram a um consenso entre as reivindicações e a greve foi deflagrada. Cerca de 3000 mineiros atuam na extração de carvão em Lauro Müller, Urussanga, Içara, Siderópolis e Treviso.
Conforme o presidente do Sindicato dos Mineiros de Lauro Müller, Ademir Delfino Antunes, o Tuti, a adesão nas duas empresas da cidade foi de 100%. “O trabalhador vem tendo muitas perdas ao longo dos anos, com a reforma da previdência especialmente. Com essa reforma o trabalhador vai se aposentar com muito pouco. Hoje ele vai trabalhar praticamente 10 anos a mais na mina e vai se aposentar com menos e isso está mexendo muito com a negociação este ano”, comentou Tuti.
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O advogado Sérgio Juchem, negociador do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) comentou que o percentual de aumento real é o ponto decisivo que tem causado a discórdia entre as partes. “A assembleia dos mineiros pretende um percentual de 4% e isso equivale a 40% da inflação total do ano de 2021. É um número que o país desconhece, não há acordo no Brasil que chegue a este patamar, é muito elevado as empresas não tem como fazer este tipo de pagamento”, destacou.
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