Por Eduardo Madeira
Para amenizar a crise do novo coronavírus em Santa Catarina, o lockdown total seria a solução na visão do presidente da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel), Deyvison da Silva Souza, prefeito de Pescaria Brava. Porém, não foi isso o decretado pelo Governo do Estado na última quarta-feira, dia 10. Além de suspender o funcionamento dos serviços não essenciais no próximo fim de semana, o novo decreto estabelece medidas mais restritivas nos dias de semana entre 12 e 19 de março para conter o agravamento da pandemia. Em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias desta quinta-feira, dia 11, Souza participou da reunião que definiu para reedição do decreto e afirmou que o Estado está enxugando gelo com essas medidas. “Ao participar da reunião com o governador, juntamente com os prefeitos das maiores cidades do estado e os presidentes das associações, a sensação que tive é que não está acontecendo nada, que está tudo certo, está tudo tranquilo”, ironizou o presidente. “Não tem outra alternativa para resolver a questão das UTIs, da superlotação dos hospitais e para baixar essa matriz. Só fechando por 14 dias. Infelizmente, não existe outra maneira e outra solução para frear esse momento difícil que estamos passando. Quanto mais demorarmos para fechar, mais tempo vamos ter que ficar fechados”, completou. Contundente nas declarações, Souza afirmou que o Governo está sonegando informações e disse que a quantidade de pessoas que aguardam por leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é o dobro das 419 informadas pelo Estado.
Ouça abaixo a entrevista completa: