A Justiça interditou parcialmente a Arena Joinville, no Norte de Santa Catarina, na noite desta segunda-feira (7). De acordo com Fernando Krelling, presidente da Fundação Municipal de Esporte, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) , que administra o estádio, o local vai ficar fechado para o público, mas podem ocorrer jogos.
A possibilidade de interdição da Arena Joinville existia por conta de uma ação do Ministério Público, de julho de 2013. Naquela data, o MP exigia o cumprimento do Termo de Ajustamento de Contuda, TAC, firmado junto com a prefeitura de Joinville em 2010 para que fossem feitas melhorias nas estruturas com o intuito de dar maior segurança aos torcedores.
Em dezembro de 2013, diante do não cumprimento da prefeitura e também da Fundação Municipal de Esportes e Lazer, Felej, a Justiça determinou a data de 20 de março como limite para que a prefeitura apresentasse as exigências. Na decisão, esta seria uma data ‘improrrogável’.
Na última quinta-feira (3), de acordo com o promotor de Justiça Cristian Ricardo, diante da apresentação ‘parcial’ dos itens exigidos pelo MP-SC, não houve outra saída a não ser fazer valer a decisão da Justiça. “Chegou agora no dia 20 de março, a prefeitura peticionou na execução um parcial cumprimento do acordo. O que nos preocupa é que, na verdade, o plano de prevenção de incêndio não estava pronto. Ficamos em uma sinuca de bico, existem outras, calhou de ser uma falta que a gente reputa importante, com a data, véspera de decisão”, disse o promotor Cristian Ricardo.
Porém, neste domingo (6), o primeiro jogo da final do Campeonato catarinense, entre Joinville e Figueirense, já previsto para ocorrer no estádio, foi realizado e a interdição foi oficializada somente nesta segunda (7).
No sábado, diante da insegurança sobre a realização do jogo, o Ministério Público, por meio da assessoria de comunicação, divulgou uma nota oficial reiterando que não havia a intenção de proibir o jogo, mas sim dar uma continuidade à ação do Termo de Ajustamento de Conduta, assinado em 2010.
Como explica Krelling, a Felej executou a maioria das adequações propostas pelas TAC, mas ainda há mudanças necessárias. “Nesta gestão, iniciamos as obras físicas. Aumento de parapeitos, grades e mangueiras. Porém, o mais demorado era o projeto preventivo de incêndios. Em 10 anos, ele nunca havia sido feito. O projeto está pronto e já foi enviado ao Corpo de Bombeiros, que pediu adequações. Agora estamos trabalhando nisso”, disse.
Fonte: G1