De acordo com a Epagri/Ciram, a previsão para o trimestre julho-agosto-setembro deste ano, em Santa Catarina, é de chuva mais frequente e com totais elevados, especialmente nas áreas do Estado mais próximas ao Rio Grande do Sul. A previsão é de um inverno de pouco frio, intercalado com períodos mais aquecidos, como ocorreu no último mês de junho.
A chuva acima média está associada ao El Niño, com intensidade moderada a forte. O fenômeno também favorece temperaturas entre a média e acima da média. Já as massas de ar frio, serão de curta duração, com maiores chances de veranicos durante o inverno. O ano de 2023 já se diferencia dos anos anteriores. Entre 2020 e 2022, a La Niña esteve presente e favoreceu dias de frio prolongado, com longos períodos de estiagem no Sul do Brasil.
Para as culturas de inverno, o excesso de chuvas pode causar problemas fitossanitários, resultando em aumento nos custos de produção. Além disso, com dias chuvosos é maior o risco de erosão do solo, o que pode gerar prejuízos econômicos significativos aos produtores.
Caso as previsões se confirmem, segundo a Epagri, Santa Catarina terá perdas na produtividade pelo aumento da ocorrência de doenças, que prejudicam diretamente as culturas, o que reduz o valor comercial dos produtos.
Durante entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta quinta-feira (6) o Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agrometeorologia e climatologista da Estação Experimental da Epagri Urussanga, Márcio Sônego, comentou sobre os efeitos na agricultura da região Sul, com o inverno atípico.
Ouça abaixo a entrevista completa: