Dos dez municípios da Região Carbonífera avaliados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), seis “não fizeram a lição de casa” e acabaram por não atingir as metas propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano de 2013. Não apenas isso, como boa parte deles regrediu em relação a 2011. Os dados foram divulgados nessa sexta-feira. O levantamento feito pela reportagem (veja abaixo) considera as escolas da rede municipal.
Conforme o portal Clica Tribuna, a principal dificuldade dos municípios da região é quanto aos anos finais – 8ª série ou 9º ano. Criciúma, Içara, Nova Veneza, Orleans, Siderópolis e Urussanga não atingiram as metas para a série final. Desses, apenas Nova Veneza e Urussanga apresentaram melhoras nos índices em relação a 2011, mas ainda insuficientes para atingir a meta. A pior “evolução” é a de Orleans, que reduziu a nota pela segunda vez consecutiva. Morro da Fumaça também regrediu, de 4,9 para 4,7, mas ainda atingiu a meta.
Lauro Müller obteve a pior nota: 3,5. Mas esta foi a primeira vez que a cidade foi avaliada, e o MEC não tinha nota proposta para o município para 2013. Nos anos iniciais – 5ª série ou 6º ano –, só Nova Veneza não atingiu a meta. Ainda obteve 1,5 ponto a menos que em 2011.
Cocal do Sul é exemplo positivo
Apenas Cocal do Sul conseguiu o feito de evoluir a nota e, ao mesmo tempo, atingir as metas propostas pelo MEC tanto nas séries iniciais quanto nas finais. Não só isso: para os anos iniciais, Cocal ultrapassou a meta que deveria atingir em 2021. Forquilhinha não tem avaliações das séries finais.
Rede estadual também tem avaliação negativa.
O Estado de Santa Catarina é outro que “vai pra sala da direção”. Apresentou piora nos números do Ideb e não atingiu as metas propostas pelo MEC para 2013, exceto na série inicial do ensino fundamental. No ensino médio, os números voltaram quase aos níveis de 2005. Quanto aos números nacionais, a situação é idêntica à de Santa Catarina.
O Ideb é um indicador geral, em escala de zero a dez, da educação que serve como base para os gestores públicos. Foi criado em 2007 e considera o rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil.