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HSJosé: Se não houver acordo, médicos devem continuar com paralisação

Mesmo com uma nova proposta de valores ainda menores, feita pelo Sindicato dos Médicos da Região Sul (Simersul) ao Hospital São José (HSJ), em relação aos valores pagos aos profissionais, ainda não há perspectiva de uma negociação entre as partes. A categoria pede um reajuste nos valores da tabela do Sistema único de Saúde (SUS), que está defasada há 20 anos, e paralisou as atividades do centro cirúrgico na última sexta-feira, dia 3.

De acordo com o representante do Simersul nas negociações, doutorGiancarlo Búrigo, a nova proposta com valores reduzidos foi apresentada na semana passada, o HSJ deve se posicionar ainda nesta quinta-feira. “A proposta apresentava foi avaliada de forma que os valores fossem reduzidos significativamente para não mais comprometer os serviços do hospital, mas já fomos informados que é um valor que a instituição não pode arcar. No entanto, enquanto o hospital não aceitar nossas propostas nós não retornamos as atividades”, explica.

Conforme Búrigo, os valores da tabela SUS de hoje são muito baixos, e não suportam toda a demanda que o hospital atende. “O HSJ é referência em toda região, mas nenhum município colabora, e cabe à instituição arcar com todas as despesas. Os valores pagos pelas cirurgias, horas extras e plantões são extremamente baixos. O hospital atende 154% a mais do que foi contratado, sendo que 54% é somente de cirurgias cardíacas a mais. É preciso haver uma solução”, conta o profissional.

Atendimentos de Urgência e Emergência do Pronto Socorro não serão paralisados. O mesmo acontece nos centros de oncologia, hemodiálise e UTIs.

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