
Nesta quarta-feira, dia 7, voltaram ao normal os serviços que estavam suspensos no Hospital São José, de Criciúma. Estavam comprometidos todos os procedimentos eletivos e os atendimentos ambulatoriais. Desde o dia 22 de dezembro eram mantidos os procedimentos de urgência e emergência, ou seja, todos os serviços que necessitavam de pronto-socorro.
Conforme a administradora do hospital, Terezinha Buss, as atividades foram restabelecidas por uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), que através de uma liminar determinou que a instituição não parasse com os atendimentos e retornasse com as atividades suspensas.
“As portas estão abertas para os procedimentos agendados, estamos fazendo uma lista daquelas pessoas que não foram atendidas. Estamos também esperando o repasse dos 30% do valor referente ao mês de novembro, que ainda não foi destinado para a instituição”, frisa. A expectativa é que esta quantia chegue ainda nesta quarta-feira. Ao todo, são R$ 4 milhões, sendo que 70% foi repassado no fim do ano passado.
Este recurso será empregado no pagamento da folha salarial dos funcionários e no pagamento de alguns fornecedores. “Este recurso é importante, mas não será suficiente. Não queremos atrasar o pagamento dos funcionários, mas se não quitarmos dívidas com os fornecedores não vamos mais receber os materiais de trabalho”, comenta Terezinha.
O valor de R$ 4 milhões é repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além dessa quantia, o SUS está em atraso no pagamento de serviços realizados nos últimos dois anos. No total, o deficit do São José é de mais de R$ 20 milhões. “Essa quantia não temos perspectiva de recebimento, mas esperamos que os gestores municipais, estaduais e federais consigam medidas para o repasse desse valor, pois com emprestimos a instituição não conseguirá se manter”, salienta.