As obras da Ponte Anita Garibaldi, que fazem parte da duplicação da BR-101, foram interrompidas nesta quarta-feira (6), em Laguna. Os funcionários da empreiteira que trabalham no local decidiram pela paralisação dos serviços. Segundo eles, as reivindicações são melhores salários, além de horas extras equivalentes ao tempo de trabalho.
Moisés da Silva, que faz a função de montador na obra, afirma que os funcionários estão recebendo apenas 50% das horas extras. Conforme ele, alguns empregados também estão sendo contratados para algumas funções e registrados em outras. “É muita promessa e pouca ação. Eu entrei aqui como montador e fui fichado como pedreiro, ganhando menos”, disse.
Outros dois casos questionados pelos funcionários são a ausência de plano de saúde e o abono família. “No princípio vinha plano de saúde e salário família, mas hoje não vêm mais”, afirmou Moisés.
Nesta quarta (6), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada de Santa Catarina esteve no canteiro de obras para conversar com os funcionários. Arnaldo de Freitas garantiu que vai discutir as reivindicações com os representantes do consórcio. “Nós já estamos em processo de negociação com a empresa. A reivindicação deles com relação aos salários e as horas extras estão em pauta”, garantiu.
O presidente do Sindicato reiterou ainda que o movimento é legítimo e merece a discussão. “Uma coisa é o sindicato discutir sozinho na mesa do patrão, outra coisa é ter o apoio dos funcionários na retaguarda. Nós temos que adequar o interesse dos empregados às condições da obra”, concluiu.
Rodrigo Speck com informações da RBS TV