Em meio à paralisação dos professores da rede pública, que chegou nesta quinta-feira ao terceiro dia, o governo de Santa Catarina pretende concluir até a próxima semana a proposta da nova carreira do magistério. A partir daí o plano será apresentado diretamente às direções das unidades escolares, já que a Secretaria de Educação rompeu o diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino (Sinte) depois que a entidade decretou greve.
Nesta quinta, conforme dados repassados pelas regionais ao Centro Administrativo, a adesão ao movimento chegou a 5% dos educadores. Um balanço parcial do Sinte sobre a mobilização deve ser divulgado no início da semana que vem.
Para os alunos, pouca coisa mudou de quarta para quinta-feira. A Secretaria de Educação estima que 14% dos trabalhadores da categoria cruzaram os braços em Florianópolis e 10% fizeram o mesmo em Chapecó. As aulas, porém, foram compensadas com ajustes de horários e outras atividades que mantiveram a rotina praticamente normal.
No Litoral Norte, o número de unidades afetadas pela greve se manteve o mesmo, com seis escolas tendo as atividades paralisadas parcialmente: Nilton Kucker, Henrique da Silva Fontes, Carlos Fantini e Afonso Niehues em Itajaí e Mario Garcia e José Arantes em Camboriú. Já o número de professores que aderiu ao movimento passou de 84 para 140.
No Norte do Estado, a gerência de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional contabiliza 85 profissionais parados, sendo que a região de Joinville conta com 1,3 mil professores (480 são temporários). Na tarde de quinta, cerca de 20 professores e 40 alunos protestaram por melhorias na educação em frente à Escola de Educação Básica Valdete Inês Piazera Zindars, em Jaraguá do Sul.
DIÁRIO CATARINENSE