Com a queda na temperatura nas últimas semanas, não foram mais detectados grandes ataques de lagartas nas plantações do Sul catarinense. A informação é do gerente regional Sul da Epagri, Realdino José Busarello. Ele lembra que houve uma superpopulação de lagartas em março e início de abril, devido a forte onda de calor, mas agora elas já estão diminuindo em quantidade.
Entomologistas e agrônomos da Epagri e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) detectaram cinco espécies que fizeram o ataque em larga escala, o qual também foi registrado no Oeste do Estado. Destas, a espéciehelicoverpa armigera é a que mais conseguiu se proliferar. O ciclo de transformação do ovo em lagarta e de lagarta para mariposa dura menos de um mês quando está calor; já com o frio, o período pode ser de até 45 dias, o que dificulta a reprodução e ela diminui.
As culturas mais afetadas foram o feijão e as pastagens. Com isso, o consumidor deverá sentir no bolso o prejuízo sofrido pelos agricultores. “Tanto o feijão como a produção de leite e derivados foram prejudicados durante o período normal de cultivo por causa das lagartas. No Inverno, já tem uma tendência para baixar a produção. O reflexo disso tudo é o aumento no custo para o consumidor final”, adianta Busarello.
Ele acrescenta que esses surtos de pragas em plantações ocorrem de forma periódica, mas não há como fazer uma previsão. O último registro foi de percevejos que atacaram os arrozais e foram necessários três anos para refazer o controle da população.
Em contraponto, a Epagri e Cidasc elaboram instruções específicas aos produtores para o controle dessas pragas. No caso das lagartas, por exemplo, recomenda-se o uso controlado de agrotóxicos para evitar alta contaminação; a procura por orientação técnica através dos profissionais da Epagri; a prática dos princípios de monitoramento, identificação e nível de controle, entre outras recomendações.
Fonte: Engeplus