Um dos maiores desafios da cardiologia atualmente é a avaliação precisa do risco cardiovascular. O médico Christian Dal Pont, explica que foram criadas tabelas clínicas para medir esse risco. A mais conhecida delas é o Escore de Framingham, que leva em conta informações como sexo, idade, níveis de colesterol, pressão arterial e tabagismo.
Segundo Dal Pont, existe a necessidade de uma avaliação individual da saúde cardiológica e para isso foram criados diversos exames complementares de imagem e de sangue. O que mais se destaca entre estes é o Escore de Cálcio. “O escore de cálcio é um exame desenvolvido pelo médico americano Arthur Agatston, conhecido também por ter criado a dieta de South Beach. É a única forma não invasiva, juntamente com a angiotomografia de coronárias, de demonstrar a presença de depósito de gordura nas artérias do coração. Trata-se de uma tomografia do tórax, rápida (menos de 5 minutos), sem contraste, que quantifica a presença de placas calcificadas nas artérias coronárias, ”observa.
Este exame é indicado a pessoas sem doença coronariana conhecida, assintomáticas e tem sua maior utilidade na reclassificação de pacientes com risco intermediário. Também extremamente útil em populações específicas como: diabéticos, mulheres de meia idade, pessoas com histórico familiar de doença cardíaca precoce em familiares de primeiro grau, nas quais a classificação de risco tradicional não individualiza o risco real.