Derlei Catarina de Luca cobriu os olhos com as mãos, jogou a cabeça para trás e riu para dissipar a tensão que a pergunta ainda lhe causa. Catarinense de Içara, nascida em 1946, ela enfrentou a dor do choque e do pau-de-arara, resistiu sem nada revelar rezando, pensando na prática cristã e nos companheiros de Ação Popular (AP), Heitor Bittencourt e Jean-Marc Weid. “Depois apaguei, desmaiei, muito choque leva a pessoa a dormir. Fiquei 18 horas desacordada, mas sobrevivi e me sinto orgulhosa de ter resistido”, lembrou.
Hoje, Derlei é servidora da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e coordenadora do Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça. Também é membro da Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright, criada pelo governo estadual para apurar as violações aos direitos humanos cometidas durante o período do regime militar (1964-1985) em Santa Catarina. Na tarde desta terça-feira (31), exatos 50 anos após a deposição de João Goulart, ela conversou com a Agência AL sobre sua atuação no combate à ditadura.
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