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Estudo diz que nova gripe aviária pode ser transmitida entre humanos

O vírus H7N9 da gripe aviária tem capacidade de transmissão entre humanos, inclusive por via aérea, disseram nesta sexta-feira (24) pesquisadores da Universidade de Hong Kong que estudam a doença.

Os cientistas relataram que três furões, o principal animal usado em pesquisas sobre a influenza humana, contraíram o H7N9 quando em contato com outros furões previamente contaminados.

Um dos três ficou numa gaiola à parte, e acabou infectado por exposição aérea. Até agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizia não haver indícios de “transmissão sustentada entre humanos”. Desde que surgiu na China, a doença já matou 36 pessoas.

“As descobertas sugerem que a possibilidade de o vírus evoluir mais para formar a base de uma futura ameaça de pandemia não pode ser excluída”, disse a equipe de pesquisa, liderada pelo biólogo Yi Guan, especialista em gripes aviárias.

Os cientistas também descobriram que alguns animais contaminados não desenvolveram febre e outros sinais clínicos, indicando que infecções assintomáticas entre humanos são possíveis. Isso tornaria o vírus mais difícil de detectar e controlar.

O vírus também pode contaminar porcos, mas não tem como ser transmitido entre porcos ou deles para outros animais, segundo o estudo. Mesmo assim, a equipe pediu às autoridades para que mantenham a vigilância para evitar uma mutação que resulte em um vírus mais sério.

Cuidados na análise

A OMS considerou o estudo bom, mas advertiu que as pessoas “têm de ter muito cuidado com o que está acontecendo no terreno”.

“Estudos como esse são realmente úteis para aumentar o conhecimento geral, e este é muito útil para saber que, sob condições de laboratório, este vírus poderia transferir-se de pessoa para pessoa”, disse o principal porta-voz da OMS, Gregory Hartl.

Há poucos dias, a OMS disse que o H7N9 parecia ter sido controlado na China graças a restrições a mercados aviários. O H7N9 apresentou sintomas relativamente brandos nos furões, e todos eles se recuperaram em no máximo sete dias, segundo o estudo. Os pesquisadores disseram que os pacientes humanos que morreram tinham outras complicações de saúde.

Desde que surgiu, em março, o vírus contaminou 130 pessoas na China continental. Nenhum novo caso foi registrado desde o começo de maio.

G1

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