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Estreante na Azzurra, brasileiro Éder preferiu não esperar Dunga

Foto: Reprodução GloboEsporte.com
Foto: Reprodução GloboEsporte.com

Éder Citadin Martins aproveitou os dez dias que passou concentrado com seleção italiana para reforçar a sua candidatura à vaga de camisa 9 da Azzurra para a Eurocopa 2016, na França. Com gol na estreia – diante da Bulgária – e eleito o melhor em campo no amistoso contra a Inglaterra por todos os jornais esportivos do país, o brasileiro, naturalizado italiano desde 2010, se tornou o homem do momento na Itália. A pergunta dos italianos hoje é: porque o Brasil ignorou Éder? Um atacante muito tático, rápido, com bom chute e hábil na recuperação de bolas.

Dunga respondeu à questão recentemente em uma entrevista ao “Gazzetta dello Sport” dizendo que o centroavante do Sampdoria estava na lista dos “observados” e que teve “muita pressa na sua escolha” pela Itália. O certo é que Éder, 28 anos, nunca mais poderá vestir a amarelinha e, um dia depois da sua estreia como titular no time de Conte, o atacante explicou ao GloboEsporte.com as motivações da sua escolha.

“Vi que saíram essas palavras do Dunga, dizendo que estava me observando. Eu já tinha escutado e alguém até já tinha comentado com os meus empresários que eu poderia estar sendo observado pelo Brasil, mas eu não tive nem vontade de esperar e se eu fosse chamado também não sei. A minha opção foi a Itália”, afirmou o ex-jogador do Criciúma em entrevista em Gênova no C.T. do Sampdoria, onde foi recebido como um rei após a sua estada com a seleção italiana.

Éder é o símbolo do Sampdoria, que nesta temporada é a sensação do Campeonato Italiano. O time de Gênova ocupa o quarto lugar, apenas a quatro pontos do terceiro que garante o acesso ao playoff da Liga dos Campeões. O brasileiro marcou 12 gols e deu cinco assistências até ao momento. No entanto, é pouco conhecido pelo público brasileiro, porque representou apenas o Criciúma no Brasil e aos 18 anos viajou para Itália, país onde vive há dez. Totalmente adaptado à cultura, ao futebol, alimentação, forma de vestir e ao idioma que fala perfeitamente, Éder já não se vê no futebol brasileiro.

“Eu acho que saí muito novo do Brasil, e o meu futebol hoje é mais adaptado ao estilo do futebol daqui do que do brasileiro. Quando eu volto para o Brasil e assisto a alguns jogos do Brasileirão, eu falo ‘não sei não se iria conseguir jogar aqui no Brasil’, é muito diferente, é muito menos tático. Acho que pelo meu estilo, eu posso dar muito mais à seleção italiana do que no futebol brasileiro”, afirmou o atacante, que ainda trazia uma cicatriz do jogo contra Inglaterra.

Para se tornar ainda mais italiano, Éder só tem que melhorar um pequeno detalhe que pode se tornar num problema, caso ele não aprenda rapidamente. O brasileiro foi o único a não cantar o hino antes do amistoso contra a Inglaterra, algo que passou despercebido aos jornalistas e torcedores italianos.

“Tenho de aprender bem. Não adianta cantar pela metade ou fazer que canta, tem de ser uma coisa que você sente dentro e eu ainda não sei, mas vou aprender”, pontuou.

Confira a entrevista completa clicando aqui.

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