Por Eduardo Madeira
As entidades representativas dos produtores de tabaco não conseguiram avançar nas negociações de preço do produto com as empresas fumageiras. Os encontros individuais foram realizados na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul (RS), nos dias 26 e 27, com a participação de oito fumageiras. Conforme o vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Francisco Eraldo Konkol, a formação da proposta dos produtores foi constituída pelas médias do custo de produção apuradas no campo e na indústria, somadas ao percentual de diferença entre as tabelas individuais praticadas pelas empresas. “Já estamos há alguns anos tentando conseguir uma recuperação no preço do tabaco ao produtor. Ele está defasado demais. O custo de produção aumentou bastante, mas as empresas estão irredutíveis”, afirmou, em entrevista por telefone ao Cruz de Malta Notícias desta sexta-feira, dia 29. “Nesse modelo de negociação, não aceitamos mais negociar. Primeiro, fazer o custo de produção em conjunto, para que não tenha essa discussão, diferença do custo de produção. Precisamos acertar isso. Se não der pra fazer em conjunto, que seja uma empresa terceirizada, que seja neutra. E definir uma rentabilidade para o produtor. Assim como está indo, não está dando certo”, concluiu Konkol.
Ouça abaixo a entrevista completa: