É muito comum as pessoas se confundirem na hora de identificar uma sarda, pinta ou mancha na pele. As manchas podem ser sinais de nascença ou adquiridas, e neste caso, devem ser acompanhadas pelo resto da vida. Qualquer mudança na cor, tamanho e textura requer análise de um dermatologista para diagnosticar um possível problema. Segundo a dermatologista Miriam Sabino de Oliveira, são muitos os aspectos que uma pigmentação descontrolada pode apresentar na pele.
— Alterações hormonais, idade, predisposição genética e exposição solar excessiva podem comprometer o estado da pinta e causar riscos à saúde — explica.
O sol é o maior vilão para provocar reações na pele, pois ele é capaz de disparar o mecanismo natural da melanina que produz sinais indesejados na pele. Por isso, no final do verão é comum aparecer manchas que não existiam antes da temporada de calor.
De olho nas manchas
As sardas ou efélides surgem em pessoas de pele clara, sendo que têm maior incidência em ruivos e de olhos claros. A pele clara tem tendência a apresentar manchas solares e até câncer de pele com o passar da idade e com a exposição solar cumulativa durante os anos.
— Elas surgem, principalmente, na face, mas podem aparecer nos braços e nas costas. As sardas costumam aparecer na infância por volta dos cinco anos de idade, como manchas acastanhadas na pele exposta à luz — destaca a dermatologista.
A tendência é que as sardas aumentem em número, tamanho e profundidade de pigmentação na estação mais quente do ano.
— Se a exposição ao sol for controlada, as sardas tendem a clarear gradualmente. Tratamentos de clareamento podem acelerar esse processo — acrescenta Miriam Sabino.
É sarda ou mancha?
Ambas são manchas escuras, porém as sardas serão sempre manchas de tom castanho-claro. Já as manchas senis são aquelas marcas escuras que costumam aparecer em decorrência da exposição solar ao longo da vida. Algumas podem apresentar variações entre o marrom e o preto, e em diferentes formas: redonda, pequena, grande, planas ou sobrelevadas. Os dois tipos de sardas mais comuns são as pequenas manchas amarronzadas que aparecem nas zonas da pele mais expostas ao sol, e as manchas marrom claro que podem aparecer em qualquer parte da pele e que afetam a maioria das pessoas com o avanço da idade.
Sardas podem se transformar em câncer de pele?
Quem possui tendência a sardas, consequentemente, pode desenvolver o câncer de pele com mais facilidade.
— Geralmente as sardas são lesões benignas e não oferecem risco de virar câncer de pele. Mas, para evitar a doença, é preciso estar atento ao sinal de alerta que a pele emite em relação à exposição excessiva do sol, que pode desencadear o câncer de pele — afirma a dermatologista.