O diretor de futebol do Barcelona, Raúl Sanllehí, o empresário André Cury, representante do clube europeu no Brasil, e Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, estão reunidos no escritório da NR Sports, empresa da família do craque, em Santos. Apesar da expectativa pela presença do astro para assinatura do vínculo, o estafe do jogador diz que o encontro é apenas para acertar a parte burocrática do acordo, e que o contrato será levado ao camisa 11.
Sanllehí e Cury chegaram ao escritório de Neymar por volta das 11h10. Já às 11h45, quem apareceu foi o pai do jogador. Cerca de 30 pessoas, entre jornalistas e curiosos, acompanham as movimentações desde as 10h desta segunda-feira.
A venda de Neymar para o Barcelona foi definida na última sexta-feira, após longa reunião. O encontro, na Vila Belmiro, teve início com uma conversa entre Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos, e Neymar da Silva Santos, pai do craque. Depois das 17h, o dirigente santista recebeu Sanllehí e André Cury, além do agente Marcos Malaquias.
A multa de Neymar estava estipulada em R$ 170,4 milhões, mas o Santos corria o risco de perder o atacante sem receber nada – o que levou a diretoria alvinegra a negociar o ídolo. Já nas primeiras horas de sábado, o astro chegou à Vila, conheceu as propostas do Barcelona e também de uma do Real Madrid, e disse, à ocasião, que iria pensar nas ofertas. À noite, porém, ele anunciou a opção pelo Barça.
Os números ainda não confirmados da transferência seriam de aproximadamente 35 milhões de euros (R$ 92,9 milhões). O montante seria dividido entre Peixe (detentor de 55% dos direitos de Neymar), que ganharia 19 milhões de euros (R$ 50,4 milhões), DIS (que possui 40%) e a Terceira Estrela Investimentos S/A (dona dos 5% restantes).
Neymar receberia aproximadamente 7 milhões de euros anuais de salários (R$ 18,5 milhões), podendo manter os ganhos com publicidade, alavancados por 11 patrocinadores e acordos comerciais – fora as luvas. O Barça também acertou com o Santos a preferência pela compra de jogadores da base alvinegra, a serem escolhidos pelos catalães. O acordo, separado da negociação, ocorreu para a DIS não receber por essa fatia.