Delegado Ivaldo Gregório Inácio esteve hoje nos estúdios da rádio Cruz de Malta, falando sobre os últimos acontecimentos na nossa cidade, como o crime ocorrido no dia 15 de abril com o senhor Francisco Nowasky, na entrevista ele esclareceu este crime pontualmente, bem como as questões referentes a segurança pública. Ele inicia a entrevista relatando o latrocínio ocorrido a uma semana.
“Foi um crime bárbaro com requinte de crueldade, matar um pessoa pelo simples fato de matar para adquirir da pessoa certa quantia de dinheiro e objeto, nos tivemos conhecimento do desaparecimento do seu Chico duas horas depois, e fomos avisados pela família e imediatamente iniciamos as buscas, ficamos sabendo que 3 elementos haviam embarcado no taxi e depois isso não foi mais possível localizar seu Chico, então os 3 forma recolhidos e encaminhados a delegacia. O carro foi localizado, e com um dos elementos estava um quarto elementos que estava com os objetos do seu Chico. […] foi feito um interrogatório onde eles negaram, e após uma conversa com os elementos, e as evidencias e já que um dos maiores o que raspou o cabelo no dia do crime, e diante da localização do relógio e do celular que o quarto elemento disse que ganhou do sobrinho Lucas Cambrusi, então Lucas acabou confessando que ele e o Alexandre mais um adolescente de 17 anos que completa 18 anos dia 10 de maio tiveram participação na morte do seu Chico escondendo o corpo na Vargem Grande, e deixando o carro na localidade do lajeado, o carro foi localizado e periciado, Lucas confessou , o Alexandre disse que foi ele quem matou com um cadarço de uma bermuda que foi entregue pelo adolescente, então fechou toda a investigação, foi feito o flagrante e encaminhado para ao fórum que determinou a apreensão do adolescente e na prisão dos 3 e do quarto elemento pelo delito de receptação de objeto furtado e os outros três pelo delito de latrocínio. Passamos um bocado para encontrar o corpo da vítima, que estava numa pirambeira de 7 ou 8 metros.[…] Relataram que quando estavam indo para a Vargem Grande o adolescente puxou o freio de mão e puxou de uma faca, seu Chico parou o carro e saio correndo, então Lucas pegou a direção do carro e o Alexandre e o adolescente saíram atrás do seu Chico o resgataram e trouxeram pra dentro do veículo. Sendo que Lucas ficou na direção, e o adolescente do lado direito segundo depoimento do Lucas, o adolescente tirou um cadarço que tava na bermuda dele e o Alexandre enforcou a vítima, enquanto o adolescente dava socos no rosto e abdome da vitima. A droga poderia ter motivado o crime, outro motivo também poderia ter sido o fato de a vitima caso ficasse viva denunciaria o assalto. […] O Alexandre foi frio, disse que tinha matado sem arrependimento nenhum, sem choro, sem baixar a cabeça.[…] O carro da vítima foi encontrado no Lajeado, eles trouxeram o carro, depois passaram por um bar, e foram cada um pra sua casa, até que polícia começou a agir. O Lucas relatou que a ideia partiu do adolescente, que já tem antecedentes em tubarão, e o Alexandre é de criciúma já tem vinte poucos boletins de ocorrência, todos morando em nossa cidade.”
Sobre os delitos que vem acontecendo em nossa região o delegado fala de um dos fatores que estaria de alguma maneira facilitando os delitos.
“Tem um cidadão no Guatá que ainda precisamos conversar de perto, sabemos que ele aluga casas, pedaços de casas, o que acaba fazendo com que essas pessoas fiquem em nossa cidade,” diz o delegado.
Sobre o déficit no número de agentes da polícia o delegado fala da realidade que polícia vem enfrentando.
“Tenho 4 agentes para o plantão, não tenho equipe de investigação trabalhamos mais de 40 horas, o estado não paga hora extra pra quem não tem liminar. É uma briga, todos prestes a se aposentar e o estado não manda ninguém, mas o efetivo é o mesmo, mínimo sempre.”
Aline Benedet / Jornalismo Cruz de Malta.
Confira o áudio na íntegra:
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