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De olho na eleição de 2014, Dilma ensaia novo troca-troca de ministros

Pareciam assombrações as presenças do presidente do PDT, Carlos Lupi, e do senador Alfredo Nascimento (PR-AM), no Palácio do Planalto.

Recebendo os ex-ministros do Trabalho e dos Transportes, de saídas conturbadas em 2011, Dilma Rousseff deu início, antes do Carnaval, às tratativas para a reforma ministerial e, com ela, às alianças para a reeleição.

Antes de se preocupar com a cada vez mais evidente candidatura do governador Eduardo Campos (PSB-PE) em 2014, o Planalto trata de assegurar aliados. Perturba a presidente o discurso no PDT de abandonar o governo, posição que já seduz dois terços da bancada no Congresso.

Do ex-ministro Lupi, Dilma ouviu duas notícias. A má é que o partido não se sente representado pelo ministro do Trabalho, Brizola Neto. A boa é que os pedetistas terão posição única em 2014. Ou seja, se decidirem permanecer ao lado de Dilma, também acompanharão os candidatos dela nos Estados.

— O PDT tem três caminhos: apoiar Campos, lançar candidatura própria ou manter-se no governo. Vamos ver o que vão nos oferecer — declara o deputado federal Vieira da Cunha, nome cogitado para o Trabalho.

Na reunião com o PR, Dilma pretendia matar dois coelhos. Empossando na Agricultura o senador Blairo Maggi (MT), ganharia simpatia do agronegócio e reintegraria o PR ao governo. O problema é que Maggi vive um confronto com líderes da sigla. Isso pode levar o Planalto a uma saída negociada: Maggi assumiria uma pasta (Agricultura ou Desenvolvimento) e o PR ganharia cargos de menor expressão.

— Não vamos inverter a ordem das coisas. Quando a presidente decidir o espaço que nos abrirá no ministério, indicaremos um nome técnico — diz o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ).

As rodadas de negociação seguem com a entrada do PSD no governo e a renegociação dos espaços do PMDB. Dilma impõe uma condição: não empossará ninguém com pretensões eleitorais em 2014. A inércia em duas pastas, em particular, também incomoda a presidente: na Aviação Civil, do ministro Wagner Bittencourt, e no Turismo, de Gastão Vieira.

Na sexta-feira, diante dos rumores de uma reforma abrangente, o Planalto negou que haja mudanças em curso na Esplanada.

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