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CT da Satc trabalha no desenvolvimento de fertilizante a partir de cinzas da queima de carvão

Das cinzas da queima do carvão mineral, está surgindo uma oportunidade que pode auxiliar a agricultura. É isso que busca uma pesquisa que está sendo desenvolvida pelo Centro Tecnológico (CT) da SATC e que deverá começar os testes de campo até outubro.

Iniciado em 2022, o projeto de pesquisa visa a produção de fertilizantes com a utilização de zeólitas, um mineral que pode ser encontrado na natureza ou produzido de forma sintética.

As zeólitas são produzidas com as cinzas provenientes da queima do carvão mineral, misturado com um resíduo da indústria do alumínio e uma fonte de metal alcalino. Posteriormente, são inseridos os macronutrientes necessários para a fertilização do solo, como fósforo, potássio e nitrogênio.

A zeólita já tem uma característica de uso agrícola, mas como condicionador de solo, não como fertilizante. O CT da SATC está trazendo uma proposta de um fertilizante com liberação lenta dos nutrientes e com um potencial de solução da necessidade do solo igual a um fertilizante tradicional, mas que reduz o impacto ambiental.

Uma planta piloto foi criada, onde estão sendo realizados diversos testes em ambientes controlados. Comparando o fertilizante que está sendo desenvolvido, com fertilizantes convencionais nas mesmas condições. Os resultados são muito promissores, muito semelhantes e em alguns casos até melhores do que os fertilizantes convencionais.

Os testes em ambiente real serão realizados no campo de demonstração da Cooperja, em Jacinto Machado, que é parceira do projeto que é fomentado pela Diamante Geração de Energia. O fertilizante produzido através da zeólita tem formato similar ao convencional para que o agricultor utilize as mesmas ferramentas de aplicação no solo.

A perspectiva agora é preparar todo o material para aplicação no campo até início de outubro. As primeiras culturas que estão em vista são o milho e a soja.

Durante entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta sexta-feira (30) o líder do NEP – Núcleo de Energia e Síntese de Produtos do Centro Tecnológico SATC, Thiago Aquino, falou sobre o andamento da pesquisa do novo fertilizante.