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Consumo de soja aumenta sobrevida em mulheres com câncer de pulmão, aponta pesquisa

Na última semana, pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, divulgaram, com patrocínio do National Cancer Institute, um estudo relacionando o consumo de soja ao melhor desempenho de pacientes com câncer de pulmão. Publicado no Journal of Clinical Oncology, a pesquisa mostrou que mulheres chinesas que tinham história de maior consumo de soja tiveram menor probabilidade de morrer de câncer de pulmão.

Foram avaliadas 444 mulheres que preencheram questionários detalhados sobre sua alimentação. As mulheres que disseram comer menos soja tiveram, em média, 1,8 vezes mais probabilidade de morrer, enquanto aquelas que relataram uma dieta rica em soja tiveram 20% mais probabilidade de estarem vivas um ano após o diagnóstico.

Como a maioria das mulheres do estudo nunca tinha sido fumante, o resultado apenas reforça a importância dos hábitos alimentares no tratamento do câncer – e coloca a soja como forte aliada no combate à doença.

Além disso, estudos sugerem que as pessoas que comem mais soja têm uma propabilidade menor de desenvolver doenças cardíacas, osteoporose e sintomas da menopausa, bem como menor risco de desenvolver alguns tipos de câncer, devido à presença de substâncias como os fitoestrógenos, como esclarece a nutricionista Maira Perez, do Instituto do Câncer Mãe de Deus. Cabe esclarecer que os maiores benefícios são apresentados quando os alimentos são consumidos em sua forma integral, como leite de soja, hambúrguer de soja, tofu ou outros, e não como suplementação, lembra a nutricionista.

Com esses dados em mente, é importante que cada pessoa reavalie sua dieta habitual e inclua produtos a base de soja — a dica é usá-los em substituição principalmente às carnes e fontes lácteas. Aliado a isso, todos devem aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, vegetais e cereais integrais, e diminuir o consumo de alimentos de origem animal, como carnes com gordura aparente, leite integral e derivados, embutidos e conservados em sal. Comidas com alta densidade energética como refrigerantes, biscoitos recheados, alimentos do tipo fast-food e semiprontos também estão na lista de alimentos a serem evitados. Cabe ressaltar que uma alimentação saudável ajuda na qualidade de vida e alivia os sintomas causados por doenças e tratamentos.

Por tratar-se de uma síndrome que envolve múltiplos fatores causais — genéticos e ambientais —, o número de pesquisas envolvendo a ação de nutrientes e o desenvolvimento do câncer vem crescendo bastante nos últimos tempos.

O câncer já é a segunda causa de morte no Brasil. A Organização Mundial de Saúde estima crescimento de 75% dos casos até 2030. O Rio Grande do Sul é campeão nestas estatísticas.

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