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Confirmado: Casa de Saúde Rio Maina encerra atendimentos pelo SUS dia 3 de março

Não teve conversa, nem solução. A Casa de Saúde Rio Maina encerrará os atendimentos e internações por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do dia 3 de março. Na tarde desta terça-feira ocorreu uma reunião na prefeitura de Criciúma com a direção da entidade, onde estiveram presentes representantes dos poderes Executivo e Legislativo de Criciúma, representantes de outros municípios da região Sul catarinense, além do Ministério Público Estadual (MPE) e Secretaria de Estado da Saúde. No entanto, o encontro serviu apenas para reforçar a informação já divulgada no início do mês.

O vereador Ricardo Fabris é presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores e acompanha o caso. Segundo ele, a Casa de Saúde Rio Maina não receberá mais pacientes através do SUS e aqueles que hoje se encontram internados na instituição pelo SUS receberão alta à medida em que a equipe médica achar necessário.

“Esses pacientes não serão liberados de qualquer forma, a direção da Casa garantiu que todos os casos serão avaliados. Havendo necessidade, algumas pessoas permanecerão na entidade até ser dada a alta médica. No entanto, é provável que a maioria seja liberada, por isso é importante que haja atendimento psiquiátrico adequado para esses pacientes no município e na região, inclusive com a disponibilidade de leitos hospitalares”, destaca Fabris.

Para que isso aconteça, o vereador assegura que os parlamentares continuarão buscando soluções para o caso. A próxima medida, conforme Fabris, é que os vereadores estejam atentos para verificar se a rede de saúde está sendo reforçada para receber os pacientes psiquiátricos e se o município suportará a demanda. Caso isso não seja possível, também serão chamados à responsabilidade os governos de municípios da região Sul e do Estado.

A Secretaria de Estado da Saúde, através da coordenadora da Saúde Mental, Maria Cecília Heckrath, comprometeu-se a ajudar na aceleração do credenciamento de hospitais gerais para abrigarem leitos para pacientes de psiquiatria pelo SUS e na implantação de unidades de atenção básica. Neste momento, o órgão vai atuar também em busca de espaços para atendimento em hospitais de fora da macrorregião Sul. “Há hospitais de municípios da região que manifestaram interesse em abrigar alas para esse tipo de paciente. Nesta dificuldade temos uma oportunidade para avançar no sentido de prestar um serviço melhor a essas pessoas e reaproximá-las das famílias e do convívio social com qualidade de vida”, observa.

Para o promotor Mauricio Medina, a internação permanente de pessoas com problemas psiquiátricos não é a melhor, nem a única solução. Além do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), existem as residências terapêuticas, como explica o promotor. “O Ministério da Saúde, através do Governo Federal, tem um projeto de criação de residências terapêuticas, que são casas destinadas à moradia de pacientes psiquiátricos que ficaram internados por um longo período e não têm mais condições de convívio social ou familiar. O processo pode ser demorado, depende, principalmente, do interesse do município, mas acredito que seria uma boa solução para o problema”.

Fechamento – O diretor administrativo da Casa de Saúde Rio Maina, Cirilo de Castro Faria, afirma que é economicamente inviável manter a instituição em funcionamento. Ele confirma que nenhum paciente será liberado da Casa por medidas administrativas, somente após avaliação médica. “Manteremos as portas abertas até que o último paciente do SUS tenha alta, mas fecharemos as portas depois disso. Não é possível fazer uma previsão de quando isso irá acontecer, pois pode ser que algum paciente necessite de atendimento por 20, 30 dias ou até mais, mas confirmo que até os atendimentos e internações particulares ou por convênio também serão encerrados e a Casa de Saúde será fechada em breve”, revelou doutor Cirilo.

Vanessa Amando / Engeplus

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