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O Ministério Público Eleitoral deverá dar um parecer nesta terça-feira, dia 14, sobre o caso do deputado candidato à reeleição ao cargo de deputado estadual, Dóia Guglielmi (PSDB). Faltando 37 votos, o candidato não foi reeleito nas eleições no último dia 5 de outubro. No entanto, a assessoria jurídica do candidato entrou com um recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por causa de uma urna eletrônica que apresentou defeito durante a votação.
Do equipamento da seção de número 458 da escola Tranquilo Pissete, do bairro Nossa Senhora de Fátima, em Içara, não foram computados 287 votos. Segundo a defesa de Guglielmi, nestes votos não lidos podiam estar os 37 restantes que elegeriam o candidato.
“Entramos com o recurso na terça-feira passada e amanhã o Ministério Público deverá dar um parecer. Posteriormente, o caso retorna ao TRE e é analisado novamente pelo juiz, que marcará o julgamento no tribunal”, explica o advogado, Carlos Antônio Fernandes de Oliveira.
O documento de defesa ressalta que os votos não processados podem mudar o quadro das eleições, tendo em vista que Içara é o reduto eleitoral do candidato. “Estamos pedindo uma perícia para ver se há como recuperar os 287 votos não lidos. Caso não seja possível, vamos pedir anulação da votação daquela urna. É importante frisar que queremos que os votos sejam recuperados, pois o eleitor também quer seu direito de cidadania garantido”, frisa o advogado.
Ainda conforme Oliveira, não há uma expectativa positiva ou negativa, pois o caso é inédito no Estado. “Não conseguimos saber qual será o resultado por se tratar de algo que nunca havia acontecido”, comenta. Após a constatação do problema da urna a partir das 15 horas, os votos passaram a ser computados em cédulas de papel. Foram 43 votos manuais no total.
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