A Associação dos Notários e Registradores de Santa Catarina (Anoreg/SC) informou que pelo menos 50 casos do “golpe do protesto” foram registrados no estado no último semestre. O esquema envolve várias pessoas que sabem utilizar a linguagem jurídica. A fraude ainda envolve o envio de boletos bancários e até carta de intimação.
Segundo o órgão, um golpista telefona para vítima se passando por um funcionário de uma agência de cobranças e avisa que ela tem uma dívida prestes a ser protestada – o que significa a possibilidade de execução judicial do débito e até penhora dos bens. Depois, a vítima acaba caindo em uma renegociação com transferência bancária.
Apenas no 1º Tabelionato de Protestos da Capital, dois episódios foram registrados.
Outra modalidade do golpe atinge empresas. Um golpista telefona dizendo ser funcionário da Central de Distribuição de Títulos Protestados. Na ligação, o falso funcionário “avisa” a empresa de que há um título com vencimento naquele mesmo dia, já que a suposta correspondência enviada pelos Correios foi “devolvida”.
O falsário passa um suposto número de telefone de cartório, que na verdade é de outro comparsa, para a que a pessoa possa buscar informações sobre o credor. O falso cartório, por sua vez, fornece o “contato” do credor e orienta a pessoa a tentar renegociar o pagamento. Ao telefonar para o número indicado, a vítima fala com um terceiro integrante da quadrilha, que pede um depósito imediato em conta corrente para evitar o protesto.
Conforme a Anoreg/SC, cartórios de protesto não entram em contato com os devedores por telefone ou e-mail, nem as cobranças são emitidas online ou por correspondência.
E já que o assunto é cartórios, nesta manhã a tabeliã responsável pelo cartório de Notas e Protestos de Lauro Müller, Jaine Zanin Piúco, participou do Chamada Geral, e comentou sobre os trabalhos realizados pelo cartório.
Confira a entrevista: