A partir deste sábado, 362,5 mil crianças de Santa Catarina vão receber as gotinhas para se proteger da paralisia infantil. A Campanha de Vacinação contra a poliomielite ocorre de 8 a 21 de junho em todo o país e é voltada para crianças com mais de seis meses e menos de cinco anos.
A meta do Estado é alcançar 100% de imunização entre as crianças catarinenses dessa faixa etária, contribuindo para o plano da Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da doença no mundo até 2018.
O “dia D” da Campanha, que deve concentrar a aplicação das dosagens, é este sábado, dia 8. A recomendação é de que os pais levem os filhos para os postos de vacinação, portando a caderneta de saúde dos pequenos. O foco da campanha é a vacina em gotas mas, como são necessárias quatro doses da vacina, o documento é importante para os profissionais da saúde verificarem em que etapa de imunização que a criança está.
Desde o ano passado, o Brasil adotou a estratégia múltipla, em que se estabeleceu que as duas primeiras vacinações à poliomielite devem ser injetáveis e as duas últimas, por ingestão das duas gotinhas. De acordo com o gerente de doenças imunopreviníveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, Eduardo Macário, o momento é de transição entre as formas de vacinação, com a implementação da imunização em injeção.
A medida deve aumentar a efetividade da prevenção e atende às recomendações da OMS. Para isso, é importante que os pais levem as crianças nas datas previstas e fiquem atentos aos registros de imunização.
— Se tiver comprovado que as crianças foram vacinadas com as injeções, ela recebe as gotinhas. Senão, o processo deve ser iniciado — explica Macário.
Segundo ele, Santa Catarina tem um histórico positivo de vacinação. O objetivo, neste ano, é seguir com os índices positivos, mantendo-se a cobertura de 100% nas crianças que são alvo da imunização.
Objetivo é acabar com a doença em cinco anos
O plano da OMS é erradicar a doença mundialmente até 2018. No Brasil, o último caso de transmissão da doença registrado foi em 1989. Mas, só neste ano, 32 pessoas foram contaminadas no Afeganistão, Nigéria e Paquistão, onde a doença ainda é endêmica. Com esses casos, ainda há o risco de contaminação por imigração em outros países.
Os eventos que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, aumentam as preocupações dos profissionais de saúde, por atraírem um grande número de turistas.
Campanha de Vacinação contra a paralisia infantil
Público-alvo: crianças a partir dos seis meses até menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias)
Meta mínima de vacinação no país: 12,2 milhões de crianças (95% das 12,9 milhões)
Postos de vacinação: 115 mil
Investimento: o Ministério da Saúde investe um total de R$ 32,3 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde na campanha
Último caso registrado no Brasil: 1989. Em 1994, a OMS considerou o país livre da doença
Meta mínima de vacinação em SC: 362.562 (95% de 381.645)
Postos de vacinação em SC: serão mais de 2 mil. Mais informações na secretaria de saúde de cada município. Em Florianópolis, serão 50 postos de saúde e 60 volantes, em mercados e pontos de grande circulação, fornecendo a vacina
Horário de vacinação: das 8h às 17h
Estratégia múltipla de vacinação, adotada em 2012: 1ª dose injetável aos dois meses; 2ª dose injetável aos quatro meses; 1ª dose oral aos seis meses e reforço da dose oral dos 15 meses.
O gerente de doenças imunopreviníveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, reforça a importância de se levar as crianças para receber a vacina.