Insatisfeitos com o encaminhamento da reunião realizada nesta terça-feira, emBrasília, com representantes do Governo Federal, os caminhoneiros podem voltar a realizar manifestações nas rodovias.
— Não posso te afirmar onde, mas em alguns estados vai ter paralisação — afirmou Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento em Santa Catarina.
O caminhoneiro de São Miguel do Oeste disse que não foi satisfatório o resultado da reunião realizada na Associação Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), que contou com a participação dos ministros dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, do Trabalho, Manoel Dias, e da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto.
Depois de três horas de reunião foram criados grupos de trabalho para estudar questões da Lei dos Caminhoneiros, como os locais de parada para descanso e a revisão do marco regulatório do transporte de cargas.
Os caminhoneiros querem revisão do preço do frete. E as lideranças catarinenses insistem em medidas para redução do preço dos combustíveis. Uma nova reunião foi marcada para o dia 26 de março.
Mas parece que os caminhoneiros não estão com paciência para esperar até lá.
— Só empurraram para frente o problema, o governo que criou o problema ele que dê um jeito de baixar o combustível ou tirando o imposto ou de outra forma — disse Vilmar Bonora.
Ele afirmou que cerca de 20 lideranças dos três estados do Sul, de São Paulo e do Mato Grosso devem ser reunir em São Miguel do Oeste na noite desta terça-feira, para avaliar as medidas. A reunião está prevista para às 20h30 mas ele não informou o local.
— Não sei se vamos parar, se vai ser amanhã ou se vamos dar mais um prazo duns quatro dias — disse Bonora
Mas ele também deu a deixa de que a tendência é de novas ações.
— Vamos tentar achar uma maneira de não prejudicar a população — disse.
Bonora considera que, em São Miguel do Oeste, onde começou a paralisação em Santa Catarina, no dia 18 de fevereiro, o movimento já está visado e as forças policiais já estão monitorando as rodovias.
DIARIO CATARINENSE