O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), avaliou nesta terça-feira que a equalização orçamentária para evitar o déficit estimado em R$ 30,5 bilhões em 2016 passa, primeiramente, pelo corte de despesas. Para ele, aumentos de impostos só ocorrerão em última hipótese, inicialmente descartável, segundo ele.
— As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas; isso que a sociedade quer — disse Temer. — Aumento de impostos só em última hipótese; última hipótese descartável desde já — completou.
Temer rebateu a fala da presidente Dilma Rousseff, feita na última segunda-feira pelas redes sociais, de que seriam necessários remédios amargos para combater a crise, e classificou o reajuste de tributos como um exemplo.
— Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa — disse Temer, ao sair da Vice-Presidência para um jantar com governadores, ministros e lideranças do PMDB no Palácio do Jaburu.
— Vou ouvir governadores do PMDB e trarei sugestões para a presidente.
No entanto, Temer concorda que o aumento da alíquota da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, avaliada pelo governo para recompor o caixa, é uma medida que ajudaria a União e Estados, os quais passam por dificuldades financeiras. Temer disse ter ficado “impressionado” com a argumentação do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto sobre a ampliação da Cide, justamente por gerar receita para Estados e a União.
Diário Catarinense