Há uma década o trabalho de voluntários é destaque em Lauro Müller pela Associação Beneficente Anjos Mineiros. A entidade é ligada à Carbonífera Catarinense. Antes mesmo da criação do grupo, em 2003, membros da carbonífera já se reuniam semanalmente para discutir temas como saúde, educação e segurança pública.
As reuniões informais ocorreram no bairro Guatá até o dia 14 de novembro de 2003 quando houve a fundação da Associação com a elaboração do estatuto. Há dois anos a entidade possui uma sede própria, localizada também no Guatá.
Josepina Bonot de Souza, a Pina, é, há seis anos, a presidente do grupo. “A Associação começou com 11 ou 12 voluntários e hoje temos 20. Eu, inclusive, estou entre as que começaram e ajudaram a dona Vita (Idalina Silvestre Barato, uma das fundadoras da Carbonífera Catarinense e coordenadora da associação) a fundar. Sou a única a permanecer até hoje no grupo”.
Desde a fundação, em novembro de 2003, as voluntárias têm se notabilizado pela confecção de roupas e enxovais para famílias carentes. “No começo, a dona Vita trouxe um enxoval do Bercinho do Amor (outro projeto social) para termos noção do que iríamos fazer. A partir daí, começamos a confeccionar os enxovais para doar às gestantes mais carentes do município e até para fora de Lauro Müller”, explica Pina, que é a terceira presidente da associação.
Segundo ela, mais de cem enxovais são entregues anualmente e a quantidade total nesses dez anos já ultrapassou a marca de mil doações. A cada dois ou três meses são organizadas palestras com especialistas na área da gestação para informar as grávidas sobre cuidados que elas devem tomar.
Apesar de ser uma entidade ligada a Carbonífera Catarinense, nem todas as voluntárias na confecção, cerca de 20 no total, tem relação com os mineiros. Parte das mulheres envolvidas se desloca de Criciúma para Lauro Müller para ajudar as famílias carentes da região.
Boas iniciativas
Além da confecção de enxovais para famílias mais carentes, a Carbonífera Catarinense promove outras ações, como a doação de leite para instituições como a Apae. Em 2012, primeiro ano da ação, mais de 1.500 foram doados pelos mineiros, o que motivou a continuidade do projeto em 2013.
A ação mais conhecida é o Coral Infanto-juvenil Anjos Mineiros que tem feito diversas apresentações na região nos últimos anos. O coral formado em 2003 é composto, em sua maioria, por filhos de mineiros.
Segundo Tânia Vilaça Barreto, assistente social da empresa, o coral não visa apenas estimular o canto nas crianças. “O objetivo é desenvolvê-las nessa arte, mas, além disso, um desejo maior é o de fazer uma atividade com elas, as ocupando. Sempre que a comunidade solicita a presença do coral, nós buscamos atender”.
Eduardo Madeira / Portal Satc