Após cinco altas seguidas, o dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (3), primeiro dia de negócios de junho.
A moeda norte-americana recuou 0,71%, para R$ 2,1272 na venda.
Na sexta, o dólar tinha fechado a R$ 2,1424 na venda, nível não visto desde 5 de maio de 2009, quando fechou a R$ 2,149 diante da profunda crise financeira que assolava o mundo naquele momento.
O dólar encerrou o mês de maio com valorização de 7,04%. No acumulado do ano até esta segunda-feira, a moeda acumula alta de 4,03%.
“O dólar deve continuar perdendo força. O BC deve atuar a qualquer momento”, afirmou à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando, no entanto, que a moeda não deve voltar a ficar abaixo de R$ 2,10.
Para o diretor de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel, a tendência do dólar no curto prazo é de queda, sobretudo pela vigilância do BC, mas ainda é cedo para determinar algum novo patamar.
O Brasil tem registrado mais entradas de dólares nas últimas semanas, mas não o suficiente para evitar altas expressivas nos últimos dias. Até o dia 24 de maio, últimos dados disponibilizados pelo BC, o fluxo cambial estava positivo em US$ 10,8 bilhões no mês.
O cenário internacional é o grande vetor nos mercados cambiais, com os investidores na expectativa de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa reduzir seu programa de estímulo e retirar parte da liquidez no mercado.