O apagão que aconteceu em Criciúma, Içara e Morro da Fumaça na tarde dessa quarta-feira não deve voltar a ocorrer, diz a Celesc. De acordo com Jânio Canela, engenheiro elétrico da Celesc em Criciúma, a sobrecarga de Criciúma vem sendo transferida para subestações da região, como Rio Maina, Forquilhinha e Içara. O problema aconteceu, segundo Canela, porque os transformadores trabalham acima da capacidade nominal do sistema elétrico.
O engenheiro explicou, em entrevista ao jornalista João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, que os dias seguidos de calor – com temperaturas chegando aos 40ºC – fazem com que os equipamentos trabalhem com carga total. “Todos os locais que possuem ar condicionado e ventilador, por exemplo, estão com estes aparelhos ligados. Estamos substituindo as cargas para que o apagão não aconteça mais, mas isso não quer dizer que a Celesc não possa determinar o racionamento de energia”, afirma Canela.
Pablo Culpane, assistente da diretoria de distribuição da Celesc em Santa Catarina, comentou, também ao jornalista João Paulo Messer, que o apagão dessa quarta-feira aconteceu por conta de um problema na interligação Norte-Sul-Sudeste. “O sistema brasileiro é interligado. É um conjunto de subestações, e quando um desses sistemas se perde, o sistema todo prevê um desligamento de cargas para se reequilibrar”, explicou.
Caso o racionamento fosse necessário, Culpane diz que ele aconteceria em áreas consideradas menos prioritárias para o abastecimento elétrico. “Locais de hospitais e clínicas, por exemplo, são preservados. Do ponto de vista da Celesc, foram feitos os ajustes necessários para garantir o atendimento adequado a partir de agora”, afirmou o assistente
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