Afastado da Presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) desde fevereiro, o deputado Romildo Titon (PMDB) disse nesta terça-feira (13) que não pretende renunciar ao cargo. Ele deve esperar pela conclusão do acórdão da sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJSC) que manteve seu afastamento. A assessoria do político informou que, por enquanto, o deputado não vai falar sobre o caso.
Titon e outras 45 pessoas são investigadas pelo Ministério Público de Santa Catarina porirregularidades e desvios de verbas públicas em contratos de obras de saneamento básico em municípios catarinenses. Os trabalhos resultaram na Operação Fundo do Poço, em 2013.
A Justiça catarinense determinou o afastamento do político da presidênciaAlesc no último dia 26 de fevereiro, pelo prazo de 180 dias ou até o recebimento da denúncia. No lugar dele, assumiu interinamente o vice, Joares Ponticelli (PP).
Investigação
Além do deputado, empresários e agentes públicos são suspeitos de integrar um esquema que fraudava procedimentos licitatórios destinados à perfuração de poços artesianos, desviando dinheiro público.
A investigação iniciou em 2009 pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A apuração desencadeou na Operação Fundo do Poço, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em novembro de 2013.
No dia 26 de fevereiro, o deputado Titon foi afastado pelo TJ da Presidência da Alesc. A determinação de 180 dias de afastamento foi dada via liminar. A medida não afeta o exercício das funções parlamentares do político no cargo de deputado estadual. A Justiça também determinou a indisponibilidade dos bens do político.
Fonte: G1