O lauromüllense L.D.S., 32 anos, acusado de homicídio triplamente qualificado, será submetido a júri popular na próxima quinta-feira (26) em Lauro Müller. L., será julgado pela morte de seu próprio filho, ocorrida em 2011. A sessão vai acontecer às 10h no Fórum da Comarca de Lauro Müller.
Segundo a juíza Letícia Pavei Cachoeira, que presidirá o julgamento, 70 lugares serão disponibilizados para assistir a sessão do Tribunal do Júri, sendo que destes, 20 já estão reservados para estudantes e familiares. Para as demais vagas, serão distribuídas senhas por ordem de chegada, no dia da sessão. Em nota, a magistrada comunica ainda que por recomendação da Polícia Militar de Santa Catarina haverá revista e identificação com nome e CPF das pessoas que assistirão ao julgamento.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ), desde agosto, a magistrada determinou que o processo deixasse de tramitar em segredo de justiça, por terem sido cumpridas as prisões temporárias e preventivas decretadas contra o acusado. A decisão de L. ir a júri popular ocorreu em maio deste ano.
O caso será julgado por sete cidadãos lauromüllenses que serão sorteados na hora dentro de uma relação pré-estabelecida.
Entenda o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, era noite do dia 21 de junho de 2011, quando o pequeno Lucas Salvador, de apenas cinco anos na época, foi morto por asfixia, segundo relatório médico. O réu, para justificar a morte do garoto, forjou um acidente na Rodovia SC-446. Naquela noite, ele conduzia o Gol, placas LZE-9111, que bateu no ônibus, placas MWG-8799, e em seguida caiu em um barranco, ficando preso em algumas árvores. Após o acidente, a polícia foi acionada e quando chegou ao local encontrou a criança morta no banco traseiro do veículo.
De acordo com os autos do processo, a criança estava sob a guarda dos avós paternos e o crime teria sido cometido por ciúmes do pai em relação ao tratamento que o filho recebia dos avós.
A denúncia relata que o réu foi à casa de seus pais e ofereceu carona a sua mãe quando ela ia trabalhar, acompanhada do neto. A mulher rejeitou a carona, mas a criança entrou no carro. O acusado seguiu com o filho até um local afastado e o teria asfixiado com a alça de uma bolsa. Em seguida, bateu num ônibus e fez o carro cair numa ribanceira, com a pretensão de induzir as autoridades de que a criança havia morrido no acidente.
L., segue detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. Ele está em uma cela isolada juntamente com outros detentos rejeitados pela massa carcerária.